Cidades de Papel

Olá, Curiosos! Hoje eu vim falar de um livro que li já faz certo tempo mas não estava conseguindo encontrar palavras exatas para escrever essa resenha, por isso demorou um tempo para esta ficar prontinha. Eu ganhei Cidades de Papel do meu amigo Gabriel Fernandes (Obrigada ^^), haviam muitos gabrieis na minha sala rs, e foi uma surpresa para mim pois não é o tipo de livro que estou acostumada a ler e nunca tinha pensando neste. Mas já falei muito aqui, vamos logo para essa resenha. 

Livro: Cidades de Papel
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Páginas: 366
ISBN: 9788580573749

Sinopse: Quentin Jacobsen tem uma paixão platônica pela magnífica vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman. Até que em um cinco de maio que poderia ter sido outro dia qualquer, ela invade sua vida pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. 

Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola e então descobre que o paradeiro da sempre enigmática Margo é agora um mistério. No entanto, ele logo encontra pistas e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele achava que conhecia.

   Quentin é um garoto acostumado com o cotidiano e que aprendeu a gostar do "mesmo de sempre" até Margo Roth Spiegelman entrar na janela de seu quarto com um plano de vingança. Q aceita essa aventura repentina e descobre uma garota diferente da que as pessoas conhecem - a garota popular e descolada também possui sentimentos e percebe o que acontece ao seu redor .

   No dia seguinte, Margo desaparece, se tornando um mistério. Dessa forma, Q e seus melhores amigos ,Ben e Radar, tentarão desvendar o enigma que Margo se tornou, só que quanto mais Quentin se aproxima da resposta mais distante ele está de tudo que conhecia.

   
   Bem, o começo do livro me cativou bastante. Margo é o tipo de garota enigmática e aventureira, mas percebemos que ela está confusa sobre si e sobre tudo mais. Já Quentin sempre aceitou a rotina que tinha e se sentia contente como estava até Margo aparecer e mudar esse sentimento. A parte do livro em que eles executam a vingança de Margo é a mais divertida de ler, você consegue imaginar como aquela aventura louca da sua vida e ter a sensação de adrenalina na veia.

   Entretanto, quando Margo desaparece o livro se torna tedioso ao ponto de na primeira vez que comecei a ler, eu desisti. Claro que na segunda vez consegui ser persistente, mas ainda achei bem chatinho toda aquelas procuras por pistas e reflexões do Q ( até que algumas eram bem interessantes, outras só se repetiam...) Até que a sensação de adrenalina e aventura louca voltam. Ou seja, o livro fica em um vai e volta, do tipo agitado - tedioso - agitado. Isso pode ser considerado normal acho , mas o fato da parte "calma" me levar ao tédio extremo me fez quase desistir do livro pela segunda segunda vez. 

   A ideia do livro é muito interessante, pois na minha interpretação aborda a confusão do adolescente em entender o que quer da vida, a confusão de se entender , de se encontrar e não seguir o que as pessoas sempre esperam de você, e eu gostei bastante disso. Além disso, o livro tem reflexões proveitosas que faz você parar um momento e simplesmente pensar no assunto. Os personagens são bem reais, só que de todos a única que eu me afeiçoei foi com a Margo, apesar do final... que foi uma total quebra da minha expectativa - na realidade eu adorei o final, só fiquei um pouco frustada no momento rs.

   A edição da editora intrínseca é muito boa, a capa é bem bonita e as folhas são amareladas, o que deixa a leitura bem melhor, além da letra ser de um tamanho bem confortável para leitura. O principal problema para mim foi a escrita do John Green que não me cativou e não conseguiu chamar a minha atenção nas partes mais calmas do livro, mas isso é algo bem pessoal, não sei a escrita não funcionou direito comigo ( foi o primeiro livro que li dele ). Dessa forma, vou dar 3,5/5 estrelas-borboletas para o livro, pois a ideia é ótima, eu recomendo, só que algumas partes não funcionaram.

Trechos

" Dá para ver o quanto é falso. Não é nem consistente o suficiente para ser feito de plástico. É uma cidade de papel. Quer dizer, olhe só para ela, Q: olhe para todas aquelas ruas  sem saída, aquelas ruas que dão a volta em si mesmas, todas aquelas casas construídas para virem abaixo. Todas aquelas pessoas de papel vivendo suas vidas em casa de papel, queimando o futuro para se manterem aquecidas. Todas as crianças de papel bebendo a cerveja que algum vagabundo comprou para elas na loja de papel da esquina. Todos idiotizados com a obsessão de possuir coisas. Todas as coisas finas e frágeis como papel. E todas as pessoas também. Vivi aqui durante dezoito anos e nunca encontrei  ninguém que se importasse realmente com qualquer coisa." - Margo Roth Spiegelman