The Air He Breaths.

Ando sumidinha, mas Lana está com tudo aqui no blog haha
Apesar do meu sumiço e minhas quedas drástica de leituras por uma doença tenebrosa recém conhecida na minha vida: fim da greve na faculdade, eu ainda cometo certos delitos. Leio livros em momentos inoportunos.
Meu novo xodozinho foi esse achado.

Livro: The Air He Breaths
Autora: Brittainy C. Cherry
Editora: Record
Páginas: 354
ISBN: B015L78KRQ
Sinopse: Eu fui advertida sobre Tristan Cole.

“Fique longe dele”, disseram as pessoas.
“Ele é cruel.”
“Ele é frio.”
“Ele está desacreditado.”

É fácil julgar um homem por causa de seu passado. Olhar para Tristan e enxergar um monstro.

Mas eu não podia fazer isso. Eu tive que aceitar os destroços que viviam dentro dele, porque eles também viviam dentro de mim.

Nós dois éramos vazios.
Nós dois estávamos procurando algo mais. Algo melhor.
Nós dois queríamos juntar os pedaços destruídos de nossos passados.

Então talvez pudéssemos, finalmente, lembrar de como respirar.

The air he breaths ainda não foi publicado no Brasil, mas (e amém) a editora Record já comprou os direitos autorais para traduzi-lo.

Digamos que se  esse livro pudesse ser qualquer outro objeto ele seria um vaso.
Daqueles bem bonitos da casa da sua avó, que em um dia qualquer ele foi espatifado no chão e quebrou. Em centenas, milhares, de pedacinhos.


Esse livro conta a história de pedacinhos quebrados de pessoas quebradas.
Há alguns meses Elizabeth perdeu seu marido, deixando-a com uma filha pequena e uma dor enorme que ocupa sua cama inteira durante a noite.
Já Tristan Cole morreu no dia que sua esposa e filho se envolveram em um acidente. Ele ainda respira, caminha  com seu cachorro e grunhe quando necessário, entretanto.

E é diante de tantas dores e superações que os capítulos se seguem.
Sim, poderia ser uma leitura meio maçante, demorada, mas surpreendentemente não é. Tristan está fechado para o mundo, vivendo sua dor crua em 4D, enquanto Liz decide retornar a sua cidade após meses de fuga.
Ela está literalmente dirigindo seu carro velho com sua filha no banco de trás quando fatalmente atropela Zeus, o cachorro e único membro restante da família de Tristan.

Para um passo calmo e então outro, Lizie passa a uma corrida ritmada. Ela não desiste fácil do barbudo que é (choquem) dono da casa da frente com um quê de mal assombrada.
De pedacinhos quebrados em partes pequenas, os dois vão colando aos poucos o que restaram.
Há grandes boatos que uma garotinha chamada Emma que enche o livro com toda a fofura que nela cabe.

Um minuto de silêncio para apreciar a capa desse livro.
Além de um dito cujo perfeitinho para o Tristan, há a presença de penas (preste atenção nesse detalhe). Isso porque Liz deixa a figura do pai presente na vida da filha em uma das formas de penas. Cada vez que Emma encontra uma pena, é a certeza que seu pai a enviou até ela. Ele está lá de cima a observando e amando. É tão linda a tradição de que sempre encontrar uma pena, tirar uma foto para colocá-la ao álbum "meu pai e eu". Apaixonante.

Não costumo dar 5 estrelas, mas esse livro pediu uma nota justa. Eu o amei tanto pelo fato de conseguir me fazer rir e chorar, de odiar os personagens, mas entendê-los.
É um vaso bonito da casa da sua avó, que apesar de algumas quedas depois de brincadeiras, nada que uma cola não o tornasse perfeito.

Trechos favoritos (alguns, diante de tantos <3):

• Uma pessoa deve sempre confiar nos instintos do seu animal de estimação. Os cães são melhores em julgar o caráter de uma pessoa que as pessoas são.
• Às vezes a vida é esquisita. Você apenas tem que lidar com a estranheza e esperar que você encontrará algum esquisito que vai avançar com você. 
• Talvez a forma mais verdadeira do amor cresceu a partir dos mais profundos tipos de dor.