Livro: Nakusha, A Indesejável
Autora: Laurence Binet
Editora: SM
Páginas: 78
ISBN: 8576751348
Sinopse: Neste livro, você lerá o relato de uma menina que vive em uma aldeia na Índia. Nakusha, seu nome, quer dizer 'indesejável' em hindi. Também conhecerá a batalha de Latifa e Lal. Cujas histórias se passam no Afeganistão, durante a guerra civil em Cabul.
As Três protagonistas lutam pela sobrevivência, pelo respeito e pela dignidade.
A mulher possui uma grande conquista de seus direitos na história, contudo a violência contra esta continua constante podendo ser sexual, moral ou física. Este ano todos comemoraram o tema da Redação do Enem - que era exatamente sobre a violência contra a mulher - e Nakusha, a Indesejável é um livro muito interessante para se debater esse assunto. Mesmo que o livro se passe no Oriente, que possui uma cultura bem diferente da brasileira, o assunto não deixa de ser importante para a discussão.
O livro aborda duas histórias completamente diferentes. Nakusha, uma garotinha nascida na Índia, sofre a "responsabilidade e desgraça" de ser uma menina. Dessa forma, ela é privada de coisas essenciais a uma criança, como: estudar, brincar, boa alimentação, carinho e afeto. Vendo as mulheres de sua família serem maltratadas, Nakusha tenta entender porque é tratada desse jeito e por que do fato dela ser uma menina ser "a causa" de todos os problemas.
Além de Nakusha, conhecemos também Latifa e Lal que vivem o momento de guerra civil no Afeganistão e a fixação do Talibã- que suprimiram ( a partir da lei islâmica dos radicais) os direitos das mulheres à educação e as obrigam a usar a burqa. Essas duas mulheres tentam sobreviver a guerra e manter os filhos a salvo, sem os maridos ( mortos na própria guerra ou se tornando guerrilheiros) para apoiá-las, ficam a mercê dos radicais Talibã.
Apesar de ambas a histórias não serem verdadeiras, podemos entender que a escritora e jornalista Laurence Binet escolheu as formas corretas de representar a realidade. O livro é dedicado ao público infanto-juvenil, porém eu recomendo para todos. Ele é pequeno e de fácil leitura e no final ainda contém alguns informações sobre os direitos femininos nos locais que as histórias se passam e também no Brasil ( Devo informar que o livro foi escrito antes da Lei Maria da Penha, não sei se há novas edições que atualizaram os dados, mas na minha edição essa parte ainda não é mencionada).
O livro aborda duas histórias completamente diferentes. Nakusha, uma garotinha nascida na Índia, sofre a "responsabilidade e desgraça" de ser uma menina. Dessa forma, ela é privada de coisas essenciais a uma criança, como: estudar, brincar, boa alimentação, carinho e afeto. Vendo as mulheres de sua família serem maltratadas, Nakusha tenta entender porque é tratada desse jeito e por que do fato dela ser uma menina ser "a causa" de todos os problemas.
Além de Nakusha, conhecemos também Latifa e Lal que vivem o momento de guerra civil no Afeganistão e a fixação do Talibã- que suprimiram ( a partir da lei islâmica dos radicais) os direitos das mulheres à educação e as obrigam a usar a burqa. Essas duas mulheres tentam sobreviver a guerra e manter os filhos a salvo, sem os maridos ( mortos na própria guerra ou se tornando guerrilheiros) para apoiá-las, ficam a mercê dos radicais Talibã.
Apesar de ambas a histórias não serem verdadeiras, podemos entender que a escritora e jornalista Laurence Binet escolheu as formas corretas de representar a realidade. O livro é dedicado ao público infanto-juvenil, porém eu recomendo para todos. Ele é pequeno e de fácil leitura e no final ainda contém alguns informações sobre os direitos femininos nos locais que as histórias se passam e também no Brasil ( Devo informar que o livro foi escrito antes da Lei Maria da Penha, não sei se há novas edições que atualizaram os dados, mas na minha edição essa parte ainda não é mencionada).
Trechos
" Acabo de concluir a minha lição de casa. Agora, sei ler e escrever tão bem quanto Rajiv. Nesta manhã, a caminho da escola, parei diante de um cartaz novo colado no muro da praça. Decifrei: "Boa notícia: esta pílula mágica permitirá que você tenha um menino".
Que guardem essas pílulas para eles! Hoje, estou bem contente de ser uma menina."
"Latifa é muçulmana. Ela respeita e pratica sua religião. Mas esse corpo martirizado, reduzido a um pedaço de carvão, é motivo de revolta. Ela tem dificuldade em acreditar que o Alcorão aconselha os maridos a punir as esposas fazendo delas tochas humanas. Muitos homens perderam a cabeça neste país. Em nome de Deus, justificam qualquer barbaridade."
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