sábado, 19 de março de 2016

Corte de Espinhos e Rosas

Eu tinha tido uma experiência boa com a Sarah J. Maas, autora de Trono de Vidro, mas por algum motivo desconhecido por especialistas, houve um bloqueio na minha leitura do segundo livro da saga.
Simplesmente perdi qualquer vontade. Leio enrolando cada capítulo, inventando outras coisas para fazer: é que eu tinha que... Trocar as pilhas do controle.  Não foi culpa dele, mas minha.
Pois bem, quando vi que havia Corte de Espinhos e Rosas eu pensei duas vezes em lê-lo, mas não deu outra, a curiosidade ganhou.
E graças a Deus por isso.

Livro: Corte de Espinhos e Rosas
Autora: Sarah J. Maas
Editora: Galera Record
Páginas: 434
ISBN-10: 8501105872
Sinopse: Em Corte de Espinhos e Rosas, um misto de A Bela e A Fera e Game of Thrones, Sarah J. Maas cria um universo repleto de ação, intrigas e romance.
Depois de anos sendo escravizados pelas fadas, os humanos conseguiram se libertar e coexistem com os seres místicos. Cerca de cinco séculos após a guerra que definiu o futuro das espécies, Feyre, filha de um casal de mercadores, é forçada a se tornar uma caçadora para ajudar a família. Após matar uma fada zoomórfica transformada em lobo, uma criatura bestial surge exigindo uma reparação. Arrastada para uma terra mágica e traiçoeira — que ela só conhecia através de lendas —, a jovem descobre que seu captor não é um animal, mas Tamlin, senhor da Corte Feérica da Primavera. À medida que ela descobre mais sobre este mundo onde a magia impera, seus sentimentos por Tamlin passam da mais pura hostilidade até uma paixão avassaladora. Enquanto isso, uma sinistra e antiga sombra avança sobre o mundo das fadas e Feyre deve provar seu amor para detê-la... ou Tamlin e seu povo estarão condenados.

A primeira coisa coisa que você deve saber é que esse livro se desenvolve aos poucos, como uma receita de bolo.

E como qualquer receita que se prese, começamos aqui.
  Primeiro com os ingredientes: 

Feyre é humana.
O que não a impede de ser uma guerreira nas suas próprias limitações e odiar a existência duvidosa de feéricos, que deixaram seu mundo mortal uma miséria completa.
Ela vive com seu pai, manco (não é importante, mas precisei dizer) e suas duas irmãs mais velhas, no casebre da família. Essa, que ainda acostumada com as regalias garantidas pela fortuna, sofre pela perda quase completa de seu dinheiro.
Não há nada que prenda Feyre nessa casa zerada de amor a não ser uma promessa feita pela sua mãe no leito de morte: era sua obrigação cuidar das suas irmãs e pai. Ela, a caçula, a mais forte e determinada, terá que carregar esse fardo para o resto da vida.

E seguindo a receita, temos nosso modo de preparo:
(Tentando sempre não quebrar os ovos na mistura)

Não é surpresa quando ela se vê no meio da mata, pronta para caçar um cervo até que aparece um lobo. É necessário que ele morra. Afinal é ele ou ela.
Acontece, senhoras e senhores, que este lobo na verdade é um feérico e há outros da sua espécie em outro reino pronto para clamar vingança pela morte de seu amigo.

O féerico, Tamlin, oferece duas alternativas para a humana que matou o seu amigo: viver com ele para o resto da vida ou a morte, dela e da sua família.
A primeira coisa que pensei foi: ferrou, eu pedia pra arregar. Adeus Feyre! Se a coitada vivia mal, agora ela iria abraçar o capeta todo santo dia.
E não. Ralem os queixos no chão. A resposta é não.


O mundo de Feyre é virado de ponta cabeça, então misturado, para em seguida manter o tempo necessário em "descanso", e é aí que o livro pode ser um pouco monótono. Aparentemente sem chegar ao ponto, mas a persistência vale a pena, foquem no bolo ao final.
Tamlin torna qualquer livro mais interessante, dono de uma índole singular, uma propriedade esplendida e companhia interessantes ao seu redor (alô Lucien), é o mínimo que posso dizer sem estragar leituras alheias (apagar essa parte depois: TAMLIN ME SEQUESTRA TAMBÉM).

Feyre passa a ter a vida invejada por qualquer garota, mas ela simplesmente não pode aceitar seu futuro. Não quando ela ainda tem a promessa feita pela mãe a ser cumprida, não quando a vida que acaba vivendo parece tão surreal no meio dos que eram para ser seus inimigos mortais.
E nós ralamos novamente o queixo no chão ao pensar que tudo está bem no mundo féerico, se no mundo mortal há nossos pequenos demônios debaixo da cama, nesse mundo também existe e talvez ele esteja enroscado conosco, compartilhando o colchão.

E é diante de descobertas, surpresas, umas pontadas de romance de deixar o coração bobo que Sarah J. Maas faz a releitura da Bela e a Fera.
É bonito, é surpreendente é uma receita que deve ser lida e feita.

Trecho favorito: 
  •   Eu jamais diria aquilo; nunca deixaria que ela ouvisse aquilo, mesmo que me matasse. E se aquela seria a minha ruína, que fosse. Se aquela seria a fraqueza que me destruiria, eu a acolheria com todo o coração. 

Dá tempo de pedir música? Pois bem, só quem já terminou de ler o livro irá entender porque escolhi essa música, mas ela é maravilhosamente gostosa de ouvir.
Must Get Out do Maroon 5, sim e se achar ruim vou dizer pro Lula cantar nos últimos telefonemas grampeados.


4,5 de 5 borbostrelas

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