Simplesmente perdi qualquer vontade. Leio enrolando cada capítulo, inventando outras coisas para fazer: é que eu tinha que... Trocar as pilhas do controle. Não foi culpa dele, mas minha.
Pois bem, quando vi que havia Corte de Espinhos e Rosas eu pensei duas vezes em lê-lo, mas não deu outra, a curiosidade ganhou.
E graças a Deus por isso.
Livro: Corte de Espinhos e Rosas
Autora: Sarah J. Maas
Editora: Galera Record
Páginas: 434
ISBN-10: 8501105872
Sinopse: Em Corte de Espinhos e Rosas, um misto de A Bela e A Fera e Game of Thrones, Sarah J. Maas cria um universo repleto de ação, intrigas e romance.
Depois de anos sendo escravizados pelas fadas, os humanos conseguiram se libertar e coexistem com os seres místicos. Cerca de cinco séculos após a guerra que definiu o futuro das espécies, Feyre, filha de um casal de mercadores, é forçada a se tornar uma caçadora para ajudar a família. Após matar uma fada zoomórfica transformada em lobo, uma criatura bestial surge exigindo uma reparação. Arrastada para uma terra mágica e traiçoeira — que ela só conhecia através de lendas —, a jovem descobre que seu captor não é um animal, mas Tamlin, senhor da Corte Feérica da Primavera. À medida que ela descobre mais sobre este mundo onde a magia impera, seus sentimentos por Tamlin passam da mais pura hostilidade até uma paixão avassaladora. Enquanto isso, uma sinistra e antiga sombra avança sobre o mundo das fadas e Feyre deve provar seu amor para detê-la... ou Tamlin e seu povo estarão condenados.
A primeira coisa coisa que você deve saber é que esse livro se desenvolve aos poucos, como uma receita de bolo.
E como qualquer receita que se prese, começamos aqui.
Primeiro com os ingredientes:
Feyre é humana.
O que não a impede de ser uma guerreira nas suas próprias limitações e odiar a existência duvidosa de feéricos, que deixaram seu mundo mortal uma miséria completa.

Não há nada que prenda Feyre nessa casa zerada de amor a não ser uma promessa feita pela sua mãe no leito de morte: era sua obrigação cuidar das suas irmãs e pai. Ela, a caçula, a mais forte e determinada, terá que carregar esse fardo para o resto da vida.
E seguindo a receita, temos nosso modo de preparo:
(Tentando sempre não quebrar os ovos na mistura)
Não é surpresa quando ela se vê no meio da mata, pronta para caçar um cervo até que aparece um lobo. É necessário que ele morra. Afinal é ele ou ela.
Acontece, senhoras e senhores, que este lobo na verdade é um feérico e há outros da sua espécie em outro reino pronto para clamar vingança pela morte de seu amigo.
O féerico, Tamlin, oferece duas alternativas para a humana que matou o seu amigo: viver com ele para o resto da vida ou a morte, dela e da sua família.
A primeira coisa que pensei foi: ferrou, eu pedia pra arregar. Adeus Feyre! Se a coitada vivia mal, agora ela iria abraçar o capeta todo santo dia.
E não. Ralem os queixos no chão. A resposta é não.
O mundo de Feyre é virado de ponta cabeça, então misturado, para em seguida manter o tempo necessário em "descanso", e é aí que o livro pode ser um pouco monótono. Aparentemente sem chegar ao ponto, mas a persistência vale a pena, foquem no bolo ao final.E não. Ralem os queixos no chão. A resposta é não.
Tamlin torna qualquer livro mais interessante, dono de uma índole singular, uma propriedade esplendida e companhia interessantes ao seu redor (alô Lucien), é o mínimo que posso dizer sem estragar leituras alheias (apagar essa parte depois: TAMLIN ME SEQUESTRA TAMBÉM).
E nós ralamos novamente o queixo no chão ao pensar que tudo está bem no mundo féerico, se no mundo mortal há nossos pequenos demônios debaixo da cama, nesse mundo também existe e talvez ele esteja enroscado conosco, compartilhando o colchão.
E é diante de descobertas, surpresas, umas pontadas de romance de deixar o coração bobo que Sarah J. Maas faz a releitura da Bela e a Fera.
É bonito, é surpreendente é uma receita que deve ser lida e feita.
Trecho favorito:
- Eu jamais diria aquilo; nunca deixaria que ela ouvisse aquilo, mesmo que me matasse. E se aquela seria a minha ruína, que fosse. Se aquela seria a fraqueza que me destruiria, eu a acolheria com todo o coração.
Dá tempo de pedir música? Pois bem, só quem já terminou de ler o livro irá entender porque escolhi essa música, mas ela é maravilhosamente gostosa de ouvir.
Must Get Out do Maroon 5, sim e se achar ruim vou dizer pro Lula cantar nos últimos telefonemas grampeados.
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4,5 de 5 borbostrelas |
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