Liz aqui, a convidada mais dyvosa que esse blog já viu (estou humilde hoje),chegando de fininho no Curiosa Metamorfose para mais uma resenha pop.
Dessa vez, falaremos do quarto livro da série Trono de Vidro, Rainha das Sombras. Vem que vem que vem com tudo.
Livro: Rainha das Sombras
Autora: Sarah J. Maas
Editora: Galera / Record
Páginas: 640
ISBN: 978-85-01-10684-1
Sinopse:Todos que Celaena Sardothien amou lhe foram tirados. Mas finalmente chegou a hora da retribuição. A vingança promete ser tão dura quanto o aço da Espada de Orynth — a espada de seu pai. Finalmente Celaena retornou ao império; por justiça, para resgatar seu reino e confrontar as sombras do passado.
A assassina está morta. Ela abraçou a identidade de Aelin Galathynius, rainha de Terrasen. Mas antes de reclamar o trono, precisa lutar. E ela vai lutar. Por seu primo, a Puta de Adarlan, o general do Norte... um guerreiro preparado para morrer por sua soberana; por seu amigo Dorian, um príncipe preso em uma inimaginável prisão; por seu povo, escravizado por um rei cruel e à espera do retorno triunfante de sua líder; por seu carranam e a libertação da magia.
Ao avançar em seu plano, no entanto, Aelin precisa tomar cuidado com velhos inimigos. E abrir o coração para novos e improváveis aliados. Tudo isso enquanto os valg continuam trabalhando nas sombras. E Manon Bico Negro, a Líder Alada das Treze, treina suas bestas voadoras. Mas é de Morath, a fortaleza montanhosa do Duque de Perrington, que uma ameaça como nenhuma outra promete destroçar seu grupo de rebeldes e sua corte recém-formada.
Uni-vos,
é chegada a hora de brindar o quarto livro da série Trono de Vidro.
Demorou,
e muito. Não foi coisa de um, dois ou três meses não. Demorou uma
vida inteira, mas a Editora Galera/Record finalmente, nos libertou
desse sofrimento quase tão tirano quanto o Rei de Adarlan.
Para
aquel@s que, como eu, terminaram o
terceiro volume petrificad@s,
extasiad@s na mesma posição por
horas e horas, sem saber o que esperar, compartilhando aquela vontade
de devorar mais um livro inteiro imediatamente e, ao mesmo tempo,
recusando avançar uma página sequer apenas por conta da insegurança
que reside no inesperado (sim, estou atingindo níveis inenarráveis
de drama aqui), muito bem, amig@s
leitor@s, o volume quatro reflete toda
essa confusão sentimental.
Se
Herdeira do Fogo (vol. 3) termina (alerta de trocadilho) pegando
fogo, o livro quatro pode ser um banho de água fria para os mais
esperançosos, não por ser menos digno que o volume anterior, mas
porque ele não conserta as coisas como nós tanto desejamos.
Parece
que Rainha das Sombras vem cantando Charlie Brown “eu não vim pra
me explicar, eu vim pra confundir”, e confunde mesmo. Com um
momento empolgante e frustrante, um morde e assopra de acabar com os
nervos, parece que a Sarah J. Maas está mesmo disposta a acabar
conosco, e acho que, no fim das contas, vamos adorar isso.
Chega
de imbróglio, vamos à resenha de fato.
*
alerta de spoiler chegando,
baby / início da zona de
spoiler, fim sinalizado abaixo*
Nesse
livro, Aelin apresenta-se
como Rainha, e, como todos
sabem, grandes poderes trazem grandes responsabilidades. Forte,
inteligente, determinada e poderosa. Aelin
sabe o que fazer, e o fará.
Só
que nem todos aguentam lidar com uma mulher tão importante e tão
empenhada em lutar pelo que precisa, não é mesmo Chaol? Seu frouxo,
tanto que eu gostava de você, cara, como pode ser tão mimizento
(#ChaolCoxinha).
A
parte amorosa da história está um pandemônio, chega a doer, não
importa para quem você esteja torcendo, vai doer.
Eu
era #TeamChaol com todas as minhas forças, mas
esse amor era canibal, comeu meu coração e agora mudei
definitivamente, de time. Aqui é #TeamAelin, nada mais de ilusões
amorosas, por favor.
A
mudança de nome, aliás, de Celaena para Aelin, representa bem para
onde estamos indo com mais esse passo de Trono de Vidro. Celaena era
uma jovem assassina, uma garota treinada, que tinha as lutas mais
sangrentas acontecendo dentro dela. Aelin é uma rainha reivindicando
o trono, é uma guerreira lutando por si e por todos que foram
destroçados pela tirania de Adarlan. E ela não está mais sozinha.
Amizades antigas, novas e novíssimas a seguram firme pelo caminho.
Nosso
amigo Dorian, por outro lado, não está nada bem, como o terceiro
livro já indicava, ele foi possuído pelo ritmo ragatanga, maldito
acerê rê rá de rê.
Não
há como fazer uma resenha minimamente decente sem estabelecer um
aspecto basilar:
LYSANDRA
RAINHA, PARA AS INIMIGAS NADINHA.
Senhores
e Senhoras, a moça é uma das melhores personagens dessa história
toda (todinha), destruidora (choque de monstro mesmo), engraçada e
vingativa (amamos), a antiga inimiga mortal de Celaena vem para
cativar nossos corações carentes de uma amiga desde que Nehemia nos
deixou.
Um minuto de silêncio em homenagem a Nehemia Ytger.
#Luto
E o que dizer das bruxas?
O
que chegou como uma parte secundária torna-se um ponto essencial do
enredo, Manon está enfrentando uma disputa política árdua e
bastante complexa, um confronto que só não é maior do que o embate
íntimo que passou a travar.
O
conflito enfrentado pelas bruxas, especialmente, pelas Treze e sua
Líder Alada, esbarra em questões essenciais e a Obediência das
Bico Negro dá lugar aos princípios mais intrínsecos, aqueles que
fazem das bruxas um bando unido, com laços a serem preservados.
Em
outras palavras, ficamos nos perguntando se Manon se mostrará pró
ou contra o impeachment no fim das contas.
*
fim da zona de spoiler, início da área segura para a leitura que
vem a seguir*
Mantendo
o ritmo, continuamos com personagens femininas incríveis. O
enrendo está mais dark do que nunca. A leitura continua
deliciosamente fluida, não tem enrolação, cada página é
importante. Sarah Maas liga os pontos com maestria, ela vai nos
conduzindo com uma leveza especial e, quando percebermos, já
estaremos fechando o livro com um suspiro de saudade.
Aelin
faz a torcida por ela valer a pena, outros velhos conhecidos, no
entanto, despertarão sentimentos bem contraditórios em nós, de
amor e ódio. Temos a chegada de novos ingredientes também, o que
mostra que, apesar de já estarmos no quarto volume, o babado está
só começando.
Eu
gostei. Tenho me surpreendido com a série desde o primeiro volume,
por isso recomendo a todos que encontro na rua (o padeiro já
prometeu tentar ler, inclusive).
OBS 1: o livro 0,5, que conta a história de Celaena antes
do primeiro volume da série, me pareceu bem importante durante a
leitura de Rainha das Sombras, são várias referências ao passado
da assassina de Adarlan.
Então, se você está esperando o seu quarto livro chegar pelos
correios ou se está colocando moedas no porquinho para comprá-lo,
cheque o livro 0,5 nesse meio tempo :)
OBS 2: A autora já tuitou, certa feita,
anunciando que Trono de Vidro deverá virar um produto da TV também
(não sabemos quando, mas torcemos para que role mesmo).
OBS 3: Na última pagina do livro, já no fim dos agradecimentos da autora, há um código QR que nos leva a um vídeo super fofo com material enviado pelos fãs, confiram.
É
isso, Rainha das Sombras vale a pena. A série vale a leitura.
Esperamos que a Editora Galera/Record não se atrase tanto em relação
à publicação internacional dessa vez, porque a vontade de devorar
mais um livro de Trono de Vidro voltou, e para ficar.
Trechos favoritos:
- Embora...embora jamais tenha vindo, embora eu esteja aqui agora, não consigo me desapegar disso. E acho que é por isso que você obedece. Porque teve esperança durante todos os dias de sua vida infeliz e terrível de que poderia ir para casa. (p. 340).
- O mal dirá qualquer coisa para assombrar nossos pensamentos muito depois, avisara Nehemia a ela. (p. 575).
4.5/5 |
Nenhum comentário:
Postar um comentário