segunda-feira, 31 de agosto de 2015

A Voz do Arqueiro.

Esse livro criou um auê por onde passou. No primeiro contato olhei meio torto e continuei minha vidinha. Então li um comentário incrível sobre ele e decidi dar uma espiada, de leve, sem compromisso.
A sinopse me encantou. A proposta da autora é incrível. O mocinho é um daqueles que te deixa completamente boba. E o resultado da leitura é essa resenha aqui.

Livro: A Voz do Arqueiro.
Autora: Mia Sheridan.
Editora: Arqueiro (risos).
Páginas: 336
ISBN-10: 858041444X
Sinopse:
Bree Prescott quer deixar para trás seu passado de sofrimentos e precisa de um lugar para recomeçar. Quando chega à pequena Pelion, no estado do Maine, ela se encanta pela cidade e decide ficar. Logo seu caminho se cruza com o de Archer Hale, um rapaz mudo, de olhos profundos e músculos bem definidos, que se esconde atrás de uma aparência selvagem e parece invisível para todos do lugar. Intrigada pelo jovem, Bree se empenha em romper seu mundo de silêncio para descobrir quem ele é e que mistérios esconde.
Alternando o ponto de vista dos dois personagens, Mia Sheridan fala de um amor que incendeia e transforma vidas. De um lado, a história de uma mulher presa à lembrança de uma noite terrível. Do outro, a trajetória de um homem que convive silenciosamente com uma ferida profunda. Archer pode ser a chave para a libertação de Bree e ela, a mulher que o ajudará a encontrar a própria voz. Juntos, os dois lutam para esquecer as marcas da violência e compreender muito mais do que as palavras poderiam expressar.




Bree Prescott fugiu. Foi a melhor decisão que ela encontrou para não lidar com a lembrança dolorosa que a morte do seu pai e todos os demônios que a rondavam em sua cidade natal. Ela quer recomeçar, levando suas malas e sua fiel cachorrinha de braço, dar com o cebo nas canelas. Então aqui está ela: numa pequena cidade chamada Pelion, mas também conhecida como poxa-você-ta-se-sentindo-mal-Tá-sozinho?-Tá-precisando-de-um-lugar-que-te-receba-de-braços-abertos?.
Essa receptividade foi um pouco surreal para mim.
Tá legal que cidade pequena é outra história, mas poxa gente... Foi quase como uma vitória pessoal existir uma ou duas pessoas que não cuspissem arco-íris.

Enfim, parando o choque de realidade e continuando com a resenha, Archer sofreu horrores na vida. Minha relação com ele durante todo o livro foi de glorificação do deus grego a piedade da sua alma quase infantil. Após um acidente aos 7 anos, ele perdeu seus pais, seu tio e sua voz. (Sim, daí que surge o nome do livro). Ele se fechou junto com um tio, um tanto quanto desequilibrado, em sua casa desde então.
Apesar dos pesares, Archer é um adulto inteligente, doce, sabe cuidar do jardim e gosta de cachorros. E isso significa o mais próximo da perfeição que as pessoas podem chegar.

Maioria das reações para qualquer cena inicial do Archer.
Graças a curiosidade e insistência de Bree os dois se tornam amigos. Já que o pai de Bree era mudo, ela sabia bem dominar libras e os dois engatam  uma amizade realmente bonita, uma relação doce e cristalina.

Porém a esse mistério que ronda o dia do acidente que tantas pessoas morreram e Archer mudou completamente depois disso. Só ele sabe do que realmente aconteceu, ele e talvez outra pessoa, mas ele não quer se comunicar sobre e aos poucos a cidade esquece da existência do próprio Archer. Posso dizer que a vida de Archer é dividida entre depois de Bree e antes de Bree.
Há uma diferença brutal entre A.B. e D.B. O Archer D.B. se esforça tanto para parecer o suficiente, ele tenta se encontrar o mais rápido possível e isso significa cabeçadas aqui e ali.

O livro é contado em primeira pessoa, predominantemente pelo ponto de vista de Bree, mas há passagens de Archer também, inclusive quando ele era criança. A escrita me agradou no primeiro momento, no entanto ao decorrer do livro deixou a desejar. Faltou uma profundidade que o enredo pedia, nesse quesito. Já li alguns livros com personagens surdos ou mudos, A Voz do Arqueiro me decepcionou porque minha expectativa era realmente grande, mas continua sendo um livro bem bonitinho.

p.s.:Há esse grande boato que A Voz do Arqueiro vai virar filme. Será? Como eu sou bem ambiciosa, jogo um Channing Tatum para fazer o Archer, 3bjs

Trechos favoritos:

  • Coisas ruins não acontecem com as pessoas por elas merecem. Não é assim que funciona. É só... A vida. E não importa quem somos, temos que lidar com a sorte que nos cabe, por mais terrível que ela possa ser, e tentar fazer o melhor para seguir em frente de qualquer modo, amar de qualquer modo, ter esperança de qualquer modo... 

  • Percebi nesse momento que um de seus dentes inferiores era um pouquinho torto e isso me fez amar ainda mais o seu sorriso. Não sabia bem por quê - talvez fosse apenas uma dessas imperfeições que tornam as coisas mais perfeitas.
  • 4/5

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