Era uma vez um tal de DNCE.

Para quem não sabia, como eu, DNCE é uma banda que tem como vocalista o Joe Jonas.
Antes que me perguntem, eu não era uma fã de Jonas Brothers. Achava graça de quem gostava dessa banda sendo que tinha uma paixão (nunca superada) por McFly. Vai entender, né?
Pois bem, então por que eu falaria sobre uma banda que tinha um dos irmãozinhos Jonas, ainda mais o irmão que terminou com a Taylor Swift por telefone? (desculpe, traumas de infância)

Prestem atenção, caros Curiosos, a uma musiquinha chamada toothbrush, mais precisamente ao seu clipe.

É com os olhos brilhantes, mãos jogadas para cima e uma dança esquisita se apoderando do meu corpo ao ritmo de so maybe you don't have to rush, you can leave a toothbrush... At my place que eu friso a presença da maravilhosa Ashley Graham, o par romântico do Joe. 

É a primeira vez que eu vejo um clipe romântico com uma modelo plus size. Primeira vez que vejo a imagem de uma mulher gorda romantizada no mundo do pop/mais-um-bocado-de-ritmos-aqui, tirando uma ou outra música que tem uma conotação irônica no fundo.
Pode parecer que não é importante para você, se você nunca sentiu falta de uma representatividade sobre seu tipo de corpo, mas é se você sentia falta, lá no fundo, de ver alguém mais parecido com você desse outro lado da moeda. Eu senti quando mais nova e até mesmo agora, parece que algo foi saciado aqui dentro.

Ashley tem 28 anos e para ela se amar foi um trabalho de formiguinha, aos poucos, e foi assim que ajudou a criar um grupo, com modelos plus size, chamado ALDA que ajuda meninas e mulheres a se aceitarem do jeitinho que são, como ela mesma teve que fazer.
A amiga Ash (sim, já estamos íntimas assim) defende que haja novas visões do que é considerado belo e que todas as mulheres se tornem suas próprias modelos.
Nós queremos mulheres gordas, negras, orientais, magras, não-tão-magras, altas, baixas, mulheres que não necessariamente nasceram mulheres. Queremos que sejamos representadas, suas histórias compartilhadas e aplaudidas de pé.
Como eu faço questão de aplaudir, mesmo que virtualmente, a Ashley Graham.

Nenhum homem, nenhum trabalho, nenhum amigo vai me dizer quem eu sou. Eu vou dizer a mim mesma quem eu sou.

 Durante seu discursos no TED TALKS que você pode ver aqui.