quarta-feira, 23 de novembro de 2016

O Menino do Pijama Listrado

   Não vou repetir as desculpas, mas realmente desculpa Curiosos por parar de postar por um tempo. Mas ok, passou. 

   Hoje eu vim fazer uma resenha de um livro pequeno, mas que possui uma história de quebrar corações:  O Menino do Pijama Listrado. Eu já havia assistido o filme ( eu sei que não devemos ver o filme antes do livro, desculpa por isso também), mas na época eu nem sabia que era um livro, ou seja, fui na maior vontade. Voltando à  resenha, eu sempre quis comprar o livro contudo achava o preço muito caro para o seu tamanho, até que há alguns meses um amigo resolveu vender sua coleção de livro e quem estava la? Eu ( e loly também). E foi ai que eu finalmente consegui ler esse grande e pequenino livro.

Livro: O Menino do Pijama Listrado
Autora: John Boyne
Editora: Seguinte ( Cia das Letras )
Páginas: 186

ISBN: 9788535911121

Sinopse:  Bruno tem nove anos e não sabe nada sobre o Holocausto e a Solução Final contra os judeus. Também não faz idéia que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos que sua família está envolvida no conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e a mudar-se para uma região desolada, onde ele não tem ninguém para brincar nem nada para fazer. Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e para além dela centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixam com frio na barriga. 
   Em uma de suas andanças Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai. O menino do pijama listrado é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra, e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável. 


Bruno é apenas um garotinho de 9 anos que se depara com uma nova realidade em sua vida: abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e mudar-se para uma região desolada. Lá ele não terá seus melhores amigos, sua escola, sua grande casa na qual haviam esconderijos que só ele conhecia e nem terá seus avós por perto. Tudo isso por causa do Führer e seus grandes planos para o pai de Bruno ( um importante oficial nazista).

Contudo é com suas explorações que Bruno encontra uma cerca e atrás dela está um garoto, com um pijama listrado, com um nome estranho, uma cultura diferente, mas ainda assim uma criança que aceita a amizade entre eles. E é com essa amizade que Shmuel e Bruno vão tentar entender o que se passa e encontrar o pai desaparecido de Shmuel.

O interessante do livro é como o John Boyne deixa a leitura fluir de uma forma agradável e consegue criar uma escrita simples, na qual nos vemos no lugar daquelas crianças em meio à guerra e a ideais que elas não entendem.

Percebemos o quanto a criança reflete o que acontece dentro de casa, já que ela não possui o discernimento do que é correto ou errado. Vemos isso em Bruno que anuncia várias vezes que a Alemanha é superior a outros países, mas ele mesmo não entende o por quê de falar algo assim. Isso me fez refletir bastante porque eu ( e todos, eu acho) já passaram por isso, já repetimos quando éramos pequenos o que os nossos pais falavam só por serem nossos pais e já considerávamos a coisa mais certa do mundo, mas nem sempre é.
Trecho

"Polônia", disse Bruno, pensativo, medindo a palavra na língua. "Não é tão boa quanto a Alemanha, é?"
Shmuel franziu o cenho. "Por que não?", perguntou ele.
"Bem, porque a Alemanha é o maior de todos os países", respondeu Bruno, lembrando-se de algo que ouvira o pai comentar com o avô em certo número de ocasiões. "Somos superiores."
Shmuel encarou-o sem dizer nada, e Bruno sentiu um forte desejo de mudar de assunto, pois, enquanto dizia aquelas palavras, havia algo a respeito delas que não soava correto, e a última coisa que queria era que Shmuel pensasse que ele estava sendo mal-educado.

   Todas as informações que possuímos sobre o nazismo na história é ,de certa forma, bem superficial, mas o motivo é porque estamos vendo tudo através da visão do pequeno Bruno e do seu novo melhor amigo Shmuel ( um garotinho muito fofo). Eles não entendem o que está acontecendo, mas sabem que algo de muito estranho se passa depois da cerca.

Bem a simplicidade que o autor escreve me agradou muito, é um livro pequenino que você irá saborear rapidinho (mas às vezes o final pode ter um gosto amargo como a vida sempre é). Descobrir que o John escreveu o livro em dois dias e meio me deixou ChOcAdA. A unica coisa que me irritou bastante na tradução foi colocar O FÚRIA ao invés de FÜHRER, gente até na aula de história a gente chama pelo nome em Alemão, com a tradução fica muito estranho ( só isso a declarar). Ah e claro, minha nota é 4/5!

           

Trecho

"Não existem soldados bons", disse Shmuel.
"É claro que existem", disse Bruno.
"Quem?"
"Bem, meu pai, por exemplo",disse Bruno. "É por isso que ele usa um uniforme tão imponente e é por isso que todos o chamam de comandante e fazem qualquer coisa que ele diz. O Fúria tem grandes planos para o meu pai justamente porque ele é um soldado tão bom."
"Não existem soldados bons", repetiu Shmuel.
"Exceto meu pai", repetiu Bruno, que esperava que Shmuel não dissesse aquilo outra vez, pois não queria ter que discutir com ele. Afinal, ele era seu único amigo em Haja-Vista. Mas o pai era o pai, e Bruno não achava certo uma pessoa falar algo ruim a respeito dele.

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