Galera,
estou de volta com um comentário breve sobre o livro A garota na
teia de aranha, do David Lagercrantz.
Para
quem esteve acampado no deserto e não sabe do que se trata, eu
explico: A garota na teia de aranha é o quarto livro da Trilogia
(que não é mais uma trilogia, eu acho, já que com esse livro temos
um total de quatro livros, mas sou de humanas então fica trilogia
mesmo) Millennium.
Livro: A garota na Teia de Aranha.
Autor: David Lagercrantz
Editora: Companhia das Letras.
Páginas: 472
ISBN-13: 9788535926101
Sinopse: Lisbeth Salander e Mikael Blomkvist estão de volta na aguardada e eletrizante continuação da série Millennium. Neste thriller explosivo, a genial hacker Lisbeth Salander e o jornalista Mikael Blomkvist precisam juntar forças para enfrentar uma nova e terrível ameaça. É tarde da noite e Blomkvist recebe o telefonema de uma fonte confiável, dizendo que tem informações vitais aos Estados Unidos. A fonte está em contato com uma jovem e brilhante hacker - uma hacker parecida com alguém que Blomkvist conhece. As implicações são assombrosas. Blomkvist, que precisa desesperadamente de um furo para a revista Millennium, pede ajuda a Lisbeth. Ela, como sempre, tem objetivos próprios. Em A garota na teia de aranha, a dupla que já arrebatou mais de 80 milhões de leitores em Os homens que não amavam as mulheres, A menina que brincava com fogo e A rainha do castelo de ar se encontra de novo neste thriller extraordinário e imensamente atual. David Lagercrantz nasceu na Suécia, em 1962. Jornalista, romancista e biógrafo premiado, Lagercrantz foi escolhido para continuar as aventuras de Lisbeth Salander e Mikael Blomkvist.
“Meu
bem, você precisa entender que a humanidade não chegou até aqui
com gente que não procura saber das coisas, ne”
Veja,
a Trilogia Millennium, escrita pelo jornalista sueco Stieg Larsson,
foi construída com três títulos: Os homens que não amavam as
mulheres; A menina que brincava com fogo; e, A rainha do castelo de
ar. Os três filmes da versão sueca já estão por aí (e são bem
legais), e tem também o primeiro filme da versão hollywoodiana
(isso, com o cara que faz 007) que você deve ter visto em cartaz em
algum momento da sua vida.
Blá-blá-blá,
ok, e aí?
Aí
o Stieg Larsson morreu antes de ter a chance de terminar a história.
Depois de muito bafafá
(http://gq.globo.com/Cultura/noticia/2015/08/millennium-ganha-continuacao-redigida-por-outro-escritor.html)
a editora, o pai, o irmão do Stieg e o David se juntaram e tocaram
uma continuação. Hoje vou compartilhar com vocês a resenha que eu
fiz no skoob sobre esse quarto livro, tá bem?
VAMOS
PARA O QUE INTERESSA PELO AMOR DE SANTA JANE AUSTEN, AMÉM? AMÉM:
“Peça
desculpas, David
Comecei
a ler o livro com várias ressalvas e com minhas desconfianças bem
claras. Mas, como alguém que gosta da história, que adora as
personagens, lá no fundo, eu queria gostar da “continuação” de
David Lagercrantz.
Infelizmente,
não deu.
Tenho
a impressão de que o autor e a editora tentaram pegar um molde de
sucesso e tocar o barco, só que uma obra como a de Stieg Larsson não
pode ser resumida em critérios objetivos, existe a essência do
trabalho também, uma essência bem refletida em personagens
marcantes. Lagercrantz não captou nada (nada!sem exagero, nadinha)
disso.
Lisbeth
Salander de A garota na teia de aranha não é Lisbeth Salander (e
isso é doloroso, peça desculpas, David). Mikael não é Mikael. Nem
a Millennium é a Millennium. Os diálogos são fracos, as cenas são
incompletas, nem com a maior boa vontade dá para acreditar que
aquilo é uma continuação. Ah, David, antes que eu me esqueça:
Desça do muro. Os livros da trilogia são ferozes, tem um quê de
crítica perturbadora, seu livro parece uma cartilha diplomática
(peça desculpas, David).
Fiquei
com a sensação de que Eva Gabrielsson, esposa de Stieg Larsson,
estava com a razão quando disse que a editora precisava de dinheiro
e o autor não tinha nada para escrever, só assim dá para entender
como a trilogia Millennium foi desembocar em um quarto e desastroso
livro.
Poderia
ser um livro mais ou menos, mas é um livro ruim, porque se pretende
como continuação de uma série muito bem estruturada.
A
leitura vai fazer o coração doer, sinto muito, Stieg Larsson.”
2/5 |
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